A linha do Vale do Vouga e a Estação de Cucujães

04-06-2016 15:24

Ao percorrer variadíssimos documentos escritos por pessoas com elevada importância na nossa comunidade antiga e moderna, fica claro que Cucujães foi sempre enriquecido e ornamentado com melhoramentos importantíssimos para esta localidade.

 

É o caso da linha férrea do Vale do Vouga projetada em 1889. O contrato deste projeto foi publicado no Diário do Governo no dia 7 de Janeiro de 1907. Os estatutos da companhia francesa de construção e exploração dos caminhos-de-ferro no estrangeiro foram publicados no Diário do Governo no dia 19 de Janeiro de 1907.

 

Em Dezembro de 1907 os trabalhos de construção começaram e às 18 horas do dia 1 de Outubro de 1908, chegou a Cucujães chegou a primeira locomotiva utilizada no serviço da linha.

 

A inauguração deste troço de linha que começava em Espinho e acabava em Oliveira de Azeméis, foi feita em 23 de Novembro de 1908. A esta inauguração estiveram presentes pessoas muito importantes da época, tais como, El-Rei D. Manuel II e com ele alguns ministros e autoridades superiores dos distritos de Aveiro, Porto e Viseu. Da classe social/clero esteve presente o Bispo Conde de Coimbra, D. Manuel Correia de Bastos Pina e D. António de Sousa Barroso, Bispo do Porto. Estes entraram no Comboio no largo da estação de Cucujães.

 

Conclui-se portanto que Cucujães foi sempre bafejado pela sorte. Ficando servido com um caminho-de-ferro e com a vantagem de possuir uma Estação. José de Silva Pinto, natural de Oliveira de Azeméis foi o primeiro chefe da estação de Cucujães.

 

Infelizmente, a sorte que bafejava para Cucujães acabou por razões estritamente políticas. A política de má índole vem aos poucos, acabando com o que de bom tem em Cucujães.

 

A Estação é um excelente exemplo disso. A Estação que era um ícone e que podia perfeitamente estar em perfeitas condições, assim como está a estação antes (S. J. da Madeira) e a estação depois (Oliveira de Azeméis) simplesmente está ao abandono e com mais probabilidades de ser destruída do que reconstruída.

 

É uma pena, ver a minha terra natal ser abandonada e esquecida, velha e destruída…

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contribuído - Paulo Neto

 

Fonte de pesquisa - Livro Cucujães por  João Domingos Arede

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